Xará - Última Vez [tekst, tłumaczenie i interpretacja piosenki]

[Intro]
Eu não sei dizer se é desilusão
Sentimentos vãos, placas de cimento
Tentei te entender, já bebi na fonte da saudade
Mas tua ingratidão te amarrou na cama com seus planos
E levou o meu amor, a minha paz, meus vinte anos
Meu bem, cortaram a luz. Vamos jantar à luz de vela

[Verso 1]
É hora da despedida, é o fim, cortando na carne igual navalha
Fica mais, bebe mais (bebe mais). Sem batalhas
Nós fomos assim também, cavando nossos segredos
Brigando e seguindo avante, meu bem, é muito louco o enredo
A noite, é praia quer brisa sem moletom
Cartão destravado, amor sem limite, Dom Perignon
Ela tá sentada na sala, mala pronta. "Escuta eu fiz um som
Fala da gente em tom maior, amantes do azul neon"
Mas tudo bem, meu bem (meu bem, meu bem)
Nós tamo além (além, além, além, além)
Me despeço e vou que eu sei: mundo hoje é o melhor caminho
Os fracos deixam o barco, eu sigo na estrada, Belchior sozinho
Se dinheiro é problema, é pra você, pra mim, é vai e vem
Conviver é foda? Te ouvir reclamar também
Aceita esse som, pedaço de mim de perto
Tipo o sol da manhã no inverno
Tava indo, pensei melhor, todo tempo eu tava certo

[Refrão]
Muda as senhas, troca a fechadura
Vai, rasga aquelas fotos, trata essa loucura
Fica mais, bota um som, olha o que cê fez
Tava quase tudo bom, vem, essa é a última vez

[Verso 2]
Todos os cafés e as drogas brandas já não são mais fugas
Louco, eu ando na rua a tarde, escuto teu nome, é "mó" tortura
Me vejo em você, é fato, só não do teu lado
No teu carro, nem no quarto, mas pode manter o retrato
Eu tô no teu corpo ainda, tipo as sobras de um amor finado
Entre crises de abstinência, recaídas, 'cê deixou um recado:
“Eu vou voltar pra casa da minha mãe.” Ah, 'cê quer arrego?
Quer tudo que você não teve e não vai ser o bastante
Porque 'cê tem medo de viver
Eu sei quanto custa teu mundo vazio
E teus complexos pra esquecer
O som do teu choro estrangulado, teus distúrbios, teus pecados
Cobrança tipo um teatro, teu dom pra dramaturgia
É um talento desperdiçado, meu bem

[Refrão]