Free Weezy Album
Uh, I'm priceless, remember me like they remember the Titans
(My Heart Races On)
Começo dizendo que sou um "hater" do Wayne, desde Carter III não consigo gostar de um projeto completo dele, são poucos os momentos que ele me agrada. Esse ano em especial eu fiquei dividido entre a péssima mixtape e excelentes participações, e no meio de toda essa polêmica com a Cash Money surgiu uma esperança de que esse novo álbum seria bom.
A produção é variada e de alta qualidade, como já era de se esperar de um artista do calibre dele. Apenas uma faixa parece não pertencer ao conjunto da obra e quase acabou com as minhas esperanças - I'm That Nigga. Tirando essa faixa, a maioria é bem agradável, algumas me surpreenderam bastante, a sequência inicial, por exemplo, as quatro primeira faixas, representam bem o patamar do álbum.
As temáticas são as de sempre, dinheiro, mulheres (dessa vez um pouco mais voltado para relação com Christina Milian), o quanto ele é bom e a liberdade da Cash Money, são poucos os momentos que as coisas saem dessa linha, mas as coisas são bem mais criativas que nos seus últimos trabalhos. Para quem tem evitado o Wayne, esse é o álbum que temos o retorno de alguma qualidade. Falem o que quiser, a segunda metade do semestre começa bem com esse álbum.
Top 5 Destaques: He's Dead, I Feel Good, My Heart Races On, Without You, Pick Up Your Heart
Elephant Eyes
I'm not exempt at all, I'm in the same boat, you see me with my fishing rod
Up in my Macbook, I'm checking through my followers and my retweets
(LoveDrug)
Dreamville Records é a gravadora com os artistas que eu mais me identifico, eles não são necessariamente os melhores na cena, mas são os que discutem as temáticas que eu consigo me relacionar melhor. Cole, Cozz e agora Omen, sem dúvida vou conferir Baz em breve.
Com um álbum que leva no título seu apelido, Omen faz uma música bastante pessoal ao mesmo tempo que discute sua jornada para fama - a demora para alcançar esse sucesso, como ficar a sombra de seu mentor J Cole, o amor obviamente e, a temática que eu mais gostei, a influência da rede social na vida social a sua volta. A produção, que em sua maior parte é feita pelo próprio, é muito parecida as primeiras mixtapes do Cole, contendo pianos, violinos e um grave bastante evidente.
Sei que esse não é o tipo de álbum que vai figurar nos melhores do ano, até porque é a estréia de Omen que não tem um "buzz", mas se você é fã de J Cole com certeza vale conferir. Particularmente, este é um álbum que eu vou ouvir muitas vezes.
Top 5 Destaques: LoveDrug, Father Figure, Sketches of Paranoia, Big Shodowns, Zion
O Que Separa os Homens dos Meninos Vol. IOdeio meu país, amo minha terra
Não confunda minha vontade de paz com ausência de guerra
(Coragem)
Não há muito que falar sobre a estréia do Sant, infelizmente. Não que o disco não seja bom, mas é muito curto. Quando anunciaram e eu retomei a música que ele havia lançado, a expectativa cresceu, pois percebi que a qualidade ia ser alta. Porém, apenas cinco faixas com uma de bônus me deixou decepcionado.
Mas falando do disco, a produção do Marechal é impecável e a participação do Break na última faixa fez todo sentido. As letras do Sant são bastante conscientes e cheios de linhas de certa forma impactantes. A única participação de fato é do Marechal e é muito boa.
É um bom lançamento nacional, mas o ano já teve alguns projetos que eu considero melhores e os próximos prometem chegar pesado, ou seja, o OQSODM pode acabar ficando um pouco esquecido.
Melhor faixa: O mundo ao norte
The Good Fight
So I'ma build a bunker now, in the underground
Surviving with that other sound
(Want Something Done)
Manos, que álbum bom. Não é à toa que tem aparecido nas listas entre os melhores projetos de rap até este momento. Já começo recomendando para quem curte um boom bap, uma produção recheada de jazz ou letras mais conscientes.
Oddisee é um monstro nas rimas e na levada ao longo do álbum, em vários momentos eu me surpreendia com quebras de rimas ou rimas múltiplas ao longo das músicas. Combinado a isso, o boom bap carregado com um jazz caiu muito bem na forma de rimar do rapper, a familiaridade deve-se ao fato dele mesmo ter produzido a obra.
Só resta elogios para esse álbum, algo que poderíamos chamar de "verdadeiro" underground, pois acredito que nem todos estão sabendo desse projeto. Me identifiquei com muitas das letras também, apesar de falar de alguns problemas pessoais, em suma Oddisee trata de questionamentos da carreira e da vida em geral. Enfim, creio que estará na minha lista de final de ano.
Top 5 Destaques: That's Love, Want Something Done, Contradiction's Maze, First Choice, Book Cover
Pound Syndrome
Is it difficult for you to get better? You're so despicable
Cause your shit is boo-boo, your bars are predictable
(Crown Me)
Eu não tinha nenhuma vontade de ouvir esse álbum, se quer falar sobre, mas fico feliz de ter dado uma chance. Não é nada sensacional, acredito que fica na média do ano, que é uma média bem alta comparada, por exemplo, ao ano passado.
Hopsin tem algumas linhas muito boas, a levada é versátil e as produções diversas, mas nada que chame muito a sua atenção, exceto por alguns momentos como é o caso da Ill Mind Of Hopsin 7 da sua famosa série. Creio que o que limita ele é a produção própria, explorar outras opções faz maravilhas para os rappers-produtores, veja Cole ou KRIT quando deixaram outros artistas trabalharem na produção com eles.
Muito melhor que as minhas expectativas, porém vai ser mais um dos álbuns esquecidos pela alta qualidade do ano. Enfim, foi interessante finalmente dar uma chance ao Hopsin, definitivamente irei conferir projetos futuros.
Top 5 Destaques: Mr. Jones, No Words (skit), Crown Me, Ill Mind Of Hopsin 7, No Fucks Given
